AurelioAquino

AurelioAquino

Deixo-me estar nos verbos que consinto, os que me inventam, os que sempre sinto.

1952-01-29 Parahyba
282208
12
31

poema a Lane num sono qualquer de sua vida

I

assim anoitecida
carregas no gesto
todas as tardes
por não seres noite
nem por isso
deixas de escurecer meu peito
com o alegre burburinho das estrelas

II

navego teu sono
como uma jangada morna
de sonhos tanto como velas

III

e se resmungas
teu lençol é uma bandeira tangida
pelos grandes ventos
na noite em que me constróis

IV

teu sono
tem a concisão de um sonho
que amarrotas nos lábios
adredemente amanhecidos
89
1

Mais como isto



Quem Gosta

Quem Gosta

Seguidores