

langelamonteiro
Tenho 27 anos, sou formada em História e encontrei na escrita uma forma de explorar meu próprio universo introspectivo e sensível. Inspirada pela profundidade de Clarice Lispector, escrevo para tocar o que há de mais sutil na experiência humana. Convido você a ler meus textos e, quem sabe, se reconhecer neles.
1998-02-24 Parnaíba
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Minha poesia é inútil
Minha poesia é inútil. Ela não serve pra estar nos livros, nem pra ser recitada em um sarau e sequer pra declarar o amor de amantes tolos.
Minha poesia não serve nem pra ser poesia. Assim como eu, ela é desajeitada.
Não tem métrica e nem rima.
Totalmente inútil - ela é aquela presença silenciosa quando acordo chorando no meio da noite.
É também a companheira que fica ao meu lado, estática, enquanto lavo a louça.
Nunca enxuga!
Como eu disse, é imprestável!
Por vezes, ela só aparece quando estou em completo ócio
Para que sejamos inúteis juntas.
Mas eu acostumei com essa inutilidade e dela nada espero.
Deixo que ela vá e torço para que ela venha. Porque sem essa inútil, eu não sei quem sou.
Minha poesia não serve nem pra ser poesia. Assim como eu, ela é desajeitada.
Não tem métrica e nem rima.
Totalmente inútil - ela é aquela presença silenciosa quando acordo chorando no meio da noite.
É também a companheira que fica ao meu lado, estática, enquanto lavo a louça.
Nunca enxuga!
Como eu disse, é imprestável!
Por vezes, ela só aparece quando estou em completo ócio
Para que sejamos inúteis juntas.
Mas eu acostumei com essa inutilidade e dela nada espero.
Deixo que ela vá e torço para que ela venha. Porque sem essa inútil, eu não sei quem sou.
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