a um nome
I
um som rompe o silêncio.
teu nome.
num ato reflexo adquirido,
lubrifico os lábios.
percebo-o somente
no instante seguinte.
a poesia
infiltra-se na carne,
meu bem.
o corpo não esquece.
II
porque a memória do corpo
não acompanha o compasso
do tempo.
dentro da urna corpórea
a cinza não se sabe cinza.
arde, perpétua,
na chama imóvel
do instante
original.
o amor que te tenho,
honestamente,
é muito pouco.
meu corpo, porém,
não sabe disso.
ainda dançamos
entre as sapucaias.
mortos
e quentes.
o corpo não esquece.
um som rompe o silêncio.
teu nome.
num ato reflexo adquirido,
lubrifico os lábios.
percebo-o somente
no instante seguinte.
a poesia
infiltra-se na carne,
meu bem.
o corpo não esquece.
II
porque a memória do corpo
não acompanha o compasso
do tempo.
dentro da urna corpórea
a cinza não se sabe cinza.
arde, perpétua,
na chama imóvel
do instante
original.
o amor que te tenho,
honestamente,
é muito pouco.
meu corpo, porém,
não sabe disso.
ainda dançamos
entre as sapucaias.
mortos
e quentes.
o corpo não esquece.
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