Não sei
Não sei
se o que avanço é com os passos
que as minhas pernas autorizam
ou se, pelo contrário,
elas entraram em colapso
e caminho
com a inércia dos passos caminhados.
Esmago
a fúria contra os rochedos
dum oceano revolto,
aperto o peito,
sustenho o respirar
para que nos olhos
não cresça a raiva,
em vez de lágrimas.
Suspeito
que o mundo onde me largaste
não é o meu mundo,
o campo onde me movimento
não é o meu espaço.
Ó céus,
para quê tantas estrelas cadentes,
tantos meteoritos a incendiar a terra
e a cavar fossos
cada vez mais profundos
entre as gentes?!
Ó terra,
vendida por mercadores,
hipotecada ao futuro,
sem garantias,
com promessas de Éden,
não deixes!!
Não sei se quero avançar
neste estádio acabado,
ou antes regredir,
voltar a larva
e assim ficar.
Não sei
se caminho
para este futuro incerto
ou se paro,
semente perdida
num deserto!...
se o que avanço é com os passos
que as minhas pernas autorizam
ou se, pelo contrário,
elas entraram em colapso
e caminho
com a inércia dos passos caminhados.
Esmago
a fúria contra os rochedos
dum oceano revolto,
aperto o peito,
sustenho o respirar
para que nos olhos
não cresça a raiva,
em vez de lágrimas.
Suspeito
que o mundo onde me largaste
não é o meu mundo,
o campo onde me movimento
não é o meu espaço.
Ó céus,
para quê tantas estrelas cadentes,
tantos meteoritos a incendiar a terra
e a cavar fossos
cada vez mais profundos
entre as gentes?!
Ó terra,
vendida por mercadores,
hipotecada ao futuro,
sem garantias,
com promessas de Éden,
não deixes!!
Não sei se quero avançar
neste estádio acabado,
ou antes regredir,
voltar a larva
e assim ficar.
Não sei
se caminho
para este futuro incerto
ou se paro,
semente perdida
num deserto!...
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