Sorvendo a brisa do entardecer
Se ao menos pudesses ouvir o canto dos suspiros
De ansiedade para ancorar no cais
Se ao menos as tuas mãos sentissem a minhas
Trémulas as minhas mãos, agonizando em ais
Se ao menos tu sentisses os abraços
Guardados no silêncio dum refúgio
Se ao menos os teus passos
Seguíssem os meus passos
Sem desculpa de cansaço ou subterfúgio
Se ao menos veredas eu pudesse inventar
Para os espinhos não cortarem as palavras
Se ao menos eu pudesse segurar
O orvalho de frescas madrugadas
Deglutido por um outono a ameaçar
As mãos
Os braços
O cais em derrocadas
Se ao menos eu soubesse beber
Sorvendo
Na despedida dum sol que sempre volta
A brisa leve do entardecer...
De ansiedade para ancorar no cais
Se ao menos as tuas mãos sentissem a minhas
Trémulas as minhas mãos, agonizando em ais
Se ao menos tu sentisses os abraços
Guardados no silêncio dum refúgio
Se ao menos os teus passos
Seguíssem os meus passos
Sem desculpa de cansaço ou subterfúgio
Se ao menos veredas eu pudesse inventar
Para os espinhos não cortarem as palavras
Se ao menos eu pudesse segurar
O orvalho de frescas madrugadas
Deglutido por um outono a ameaçar
As mãos
Os braços
O cais em derrocadas
Se ao menos eu soubesse beber
Sorvendo
Na despedida dum sol que sempre volta
A brisa leve do entardecer...
1398
2
Mais como isto
Ver também