

MARIA DE FATIMA FERREIRA RODRIGUES
Sou um ser humano em constante construção. Me sinto parte da natureza e a ela vinculada no sentido material e imaterial. Gosto de lidar com as palavras construindo e desconstruindo castelos. Portanto, escrevo como um exercício de compreensão de mim e do mundo.
Tergiversar para versar
Eu tergiverso, tu tergiversas, ele e ela tergiversam
Tergiversamos e versamos,
ao nos enredarmos na versatilidade
dos versos, curtos e longos,
alexandrinos e bárbaros e, também nos agalopados
Há em acréscimo os poemas que criastes e que nem foram nomeados.
- Que são poemas ?
-Terras imaginárias desfilam de suas entranhas
Então, o melhor é degustá-los!
"Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei"
- Quem não quer essa ventura ?
Oh! poeta! Ter linguagem para versar é magnifico!
Encantada fico com as trovas
que chegam ao mundo cantando, desafiando, e promovendo encontros, reencontros e amores.
Se a boca é a saída dos sons
disse um dentista, a língua é o órgão mais independente do corpo.
E a laringe? Indaga alguém.
No popular: "falar é fôlego" !
Vê-se que a palavra se reinventa na boca do povo.
E, em seu território, tudo "faz sentido"!
Há quem se julgue sábio e sábia, e nem desconfia do inconsciente!
E eu, ciente da minha impotência, confesso:
Tergiverso para ganhar tempo, e aprender a versar.
Expedicionários João Pessoa Paraíba, Brasil em 23 de março de 2025.