A Glória Ordinária de um Fim de Domingo

Fria noite e o mundo grita lá fora,

Em várias festas e repetitivos trânsitos.

Mas aqui, na sala pouco iluminada,

Nenhuma ação além do constante silêncio.

Coberta antiga no corpo, leite gelado na boca.

Na tela, Cidade de Deus retoma memórias.

Nada de aparente glória barulhenta das avenidas.

Ela é esse gosto simples de leite no frio.

Era isso que precisava no fim do domingo:

Nenhuma aglomeração, nem ambições,

Só o prazer calmo, a gerar delícias no escuro.

Sem paixões perturbadoras, sem misticismo,

Apenas o tecido, um filme e o leite para

Manter o corpo sem fome, o espírito sem tempestade.

A felicidade moldada em coisas miúdas.

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