

A poesia de JRUnder
Natural de São Paulo.
Nascido a 07 de março de 1950.
A poesia não é um potro selvagem que possa ser laçado e domado.
Poesia é alma. Alma de passarinho.
Fuga
Não desejo a luz.
Que qualquer vestígio de sua presença, se apague. Quero o escuro total da solidão, da amargura, do sofrimento.
Quero deixar de pensar, de sentir, de querer, de ouvir, de sonhar.
Preciso de paz.
A escuridão não me permitirá ver os dedos que apontam meus defeitos e o silêncio fará com que não ouça as lamúrias das reclamações.
Não saberei do canto dos pássaros e do borbulhar das nascentes de águas límpidas. Não ouvirei o vento a soprar-me ilusões e assim não sofrerei o desejo de viver.
Quero o escuro breu na noite porque sei que não suportarei olhar em seus olhos
e saber que eles não olham nos meus.
A poesia de JRUnder
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