E se nunca passamos de um sonho?
E se fomos só um sonho?
Um erro belo demais pra durar,
um sopro no avesso do tempo,
uma sombra de tudo o que somos?
E se o "nós" foi uma crua coincidência? Um toque breve,
duas dimensões que se repetem?
Você me olha
de um passado estranho
Eu te sinto
em um futuro nunca visto
Somos o que não conseguiu ser,
inatingíveis, indecifráveis,
e, por isto, eternos
O mundo inteiro rui,
as lembranças se embaralharam,
as realidades colapsam
E continuo
te reconhecendo
na dobra do impossível,
no eco do que não tem nome,
no instante antes do despertar.
mesmo sabendo que nunca existimos
2025
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ademir domingos zanotelli
Bem minha cara Poetisa Carol....o eco do que não tem nome....mesmo que nunca existimos. assim é o escrito de um desconhecido amor digitalizado. parabéns pelo belo poema.
25/julho/2025
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