O ABSURDO DA SOLIDÃO
Ébrias perspectivas
precipitam-se através da réstia do luar,
e ressoam na acinzentada porcelana
deste assombroso silêncio,
deixando-se, sombriamente, revelar,
nos meus olhos apartados dos teus,
o absurdo maior desta solidão.
Recomponho, então, um antigo verso,
enquanto a eterna poesia
desvela-me, assim, noite adentro,
sobrepujando-me na ponta dos dedos,
no nó da garganta:
esta impetuosa necessidade
de falar de amor com você.
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