Alienados entretidos
seres que rastejam pelas sombras das ruas
um em um milhão é o que resta de esperança
olhares cansados olhando pelas janelas
desaprendendo a viver desde criança
é o vazio desse cotidiano
a fumaça nublando a visão
os prédios impedem de olhar o céu
as aves famintas pelo chão
uma desmedida carência por atenção
os olhos se afogando em tantas imagens
muita informação e pouco saber
anúncios poluindo as paisagens
tragédia dessa gente humana
que vive um eterno sofrimento
vida cruel e sem sentido
na floresta de pedra e cimento
se ao menos houvesse ação
uma revolta contra esse drama
somos alienados entretidos
enquanto nosso sangue derrama
14
0
Mais como isto
Ver também
Escritas.org
