Quatro e um meio comprimido
Canso-me dos dias pobres
Sem nenhuma iguaria
Das taças vazias
Ocupando balcões empoeirados
De incontáveis partidas
Canso-me das horas iguais
Do pesar que aniquila
Do riso forçado
O presente, o passado
Engolidos com a saliva
Canso-me das cores
Variadas entre cinzas
Isentas de ardores
O vermelho deteriorado
Em bocas de mancebas
Canso-me das relações sórdidas
Dos inícios procrastinados a falhar
Das fissuras incessantes
Irrevogável, interminável
Valsa sem par.
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