Escrever poemas não cansa

Escrever poemas não cansa
O que mais cansa é escrevê-los
Postos ao Sol em tranças
Sem ganchos a prendê-los

Qualquer verso que nasça é puro
É por isso que os meus poemas
Nunca rimam com muros
Mas hão-de rimar sempre!

Um poema tem de caber
Do Sol que ginga até ao fruto
Se diz amor, ajudo
E entrelaço fonemas

Eu sou tão sábio como um mocho
E o meu desgosto não convém
Escrevo para um todo
Não mais para ninguém

E vão para o Diabo que as leve!
Suas metáforas de pluma
Suas corcundas, credo
Abrindo a fechadura

Um dia vou pôr-me atrás delas
Daquela tinta azul canela
Sílabas só de penas
Que não façam poemas
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