SHAMBALA [Manoel Serrão]

De lá vem que todos os homens podem como seres de consciência amorosa, amar o próximo para que o amor se estenda de homem a homem à todos os homens.
De lá vem que todos os homens podem como seres de consciência amorosa, amar a paz fraterna e mantê-la eterna ao mundo.
De lá vem que todos os homens podem como seres de consciência amorosa, amar os rios, as águas, os mares, as matas, os animais, sem dor, e nem causar sofrer à Terra.
De lá vem que todos os homens podem como seres de consciência amorosa, amar a verdade poética: à verdade do que pretende ser o poema apenas Belo.
De lá vem que todos os homens podem como seres de consciência amorosa, sentar-se à porta ao entardecer e sonhar acordado todo o viver.
De lá vem que todos os homens podem como seres de consciência amorosa, amar o canto; dançar; tocar; afagar; e, beijar com afeto.
De lá vem que todos os homens podem como seres de consciência amorosa, amar os poetas em versos e poemas que vêem para o Bem, e que transformam a vida.
De passagem por Pasárgada, onde o Poeta é amigo do Rei, vou-me embora pr'a Shambala.
Lá em Shambala, onde só os Iluminados e os “puros de coração”, entram: sou amigo de Deus.
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