augusto_piva

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Não sou nada, mas estou distante do centro de minha própria essência. Excêntrico de si. Numa ambivalência exagerada.

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Conta Gotas

Que a pressa, não desperdice a ponta do meu lápis
Na ânsia de demonstrar sentimento urgente e passageiro
Me cegando de tanta saudade, torna-me sujeito infeliz
Há andar assim meio torto, e despreocupado sigo
Descaminhando por uma rota invisível que nunca quis
Se essa ausência colocar em meus lábios o doce da loucura,
Quero ser louco, à sonhar aqueles momentos de ternura.

O instante flui, me seduzindo lentamente na promessa
E pedindo para eu percorre-lo até o clímax do momento
Dramaticamente adiado pelo odioso escritor dessa peça
Que ri ao ver seus próprios personagens no tormento
Deixando a plateia aguardar o desfecho com esperança
Por que não evita-lhes a preocupação, jovem escritor
Tira deste personagem o desfecho de morte e dor

Já chega de alegorias, sabes bem leitor
O grande mal que me acompanha
Ser plateia, ator e também escritor
Numa peça com tanto amor e drama
Não que seja grande coisa, mas causa furor
Quando um simples excessivo apaixonado
Busca amor e o encontra em outro estado

E se detesto a distância entre nosso corpo
É por ela, em alguns momentos, me fazer mal
Então eu peço que me preencha como um copo
E despeja por completo teu corpo, remédio vital
Que tenho por necessidade, vício que mantenho,
Pois o desespero espera a ausência da sanidade
E me fará ingerir a dose letal, por pura vontade
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