Predileta Musa

Minha predileta Musa,
D'olhos cor de esmeralda,
Que para mim é já incansável
Degustar de tão bela alma;

Na leda madrugada que rendeu,
Ouvir-te-ia cantando
Sob o peitoril da janela,
Tecendo a alma que já morreu;

Alma minha, talvez dela,
Essa que vai subindo ao céu,
Tão fria, quase congela,
Tamanha é a mágoa, tão singela;

Minha celeste criatura
Que me quebra o coração,
Sabe ela que não há fortuna melhor
Que me ter por rendição.

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