Lentamente Amanhece
Lentamente amanhece
Lentamente amanhece ...
Ao longe é possível ouvir o canto dos pássaros
O silêncio calmo vai cedendo
O teu rosto sereno está longe e tão perto
A noite vai morrendo
Não quero esquecer esta noite
Várias vezes inventei o teu corpo
Viajei até ao além e voltei
Lentamente amanhece ...
Tudo parece um sonho
Uma história escrita e por publicar
Pode-se ainda inventar e
escrever esta história
O mistério de dar e receber no mesmo acto
Da simples troca de olhares profundos
Da invenção e da criação
Lentamente amanhece ...
E o teu rosto continua tão perto e tão longe
João Palma Ramos
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