danieldocas
Um pessoa qualquer fazendo o que todos nós fazemos, falando com as palavras as dores e amores causadas pelas pessoas e seus mundos.
1997-12-18 Rj-Teresópolis
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Poeta e seu mundo
Um olhar amargo para o mundo, suas mãos estariam sujas, mas o que poderia sujar suas mãos? Talvez a perversidade do mundo... Talvez o simples fato de você não conseguir se vir mais.
Quando o espelho se tornou tão turvo? Perguntaram-me o que é ser escritor, me perguntaram o que é amar e só respondo abdicando parte de mim, abdicando os prazeres que as pessoas gostam tanto para continuar essa arte.
Quanto mais cresço, mais o poeta se afoga nas sujeiras e sempre vai ao fundo desse mar em busca de alguma coisa tão profunda que me mantém vivo, então lá no fundo ele encontrou um espelho e o leva a superfície, então olhou e viu, era um poeta do mundo que não abdicou de uma coisa... Quando em seus olhos lembrou-se dos olhos castanhos claros, quando olhou sentiu o coração pulsar e se lembrou de que ainda não perdeu a fé no amor idealizado.
Quando o mundo o obrigou a sujar os outros ele se sujou, quando o mundo o batia não revidava e levantava , enquanto se afoga sua consciência desperta do profundo vazio que vai cair... Por instantes tenta sair, pois depois de anos naquele profundo vazio, não podia deixar voltar ao seu antigo pesadelo.
Hoje está vivo e amanha faz questão de estar melhor do que hoje, esse era o poeta vive em seu mundo e todo dia sobrevive dele, pois quando abriram às portas a sujeira entrou e agora só lhe basta saber lidar com ela.
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