A poesia de JRUnder

A poesia de JRUnder

Natural de São Paulo.
Nascido a 07 de março de 1950.
A poesia não é um potro selvagem que possa ser laçado e domado. Poesia é alma. Alma de passarinho.

1950-03-07 São Paulo
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Um vulto


Apenas um vulto...
Sombra de um sentimento, vestígios de uma imagem, 
Barco que deixou o cais e se perdeu no mar.
Restos cansados que dividem o deserto do sonhar... 
Gotas de felicidade que secaram na branca areia.

Apenas um vulto...
Visão embaçada pelas lágrimas, caminhar lento, 
Pensamentos que se avolumam e se confundem.
Lembranças incontroláveis, ansiedades dominantes, 
Desejos incompreensíveis, solidão!

Apenas um vulto...
Caminhos que se formam a cada passo, 
Pegadas que se apagam, sem deixar passado.
Rumos que não existem, sol que não nasceu,
Estrela que não brilhou, amor que não se fez!

Apenas um vulto...
Vida que se perdeu sem sentido,
Sentido que se perdeu na razão,
Razão que perdeu seu motivo,
Motivo que perdeu a esperança,
Esperança que se perdeu no ser,
Ser que se perde na vida!

Apenas, um vulto...
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