

mgenthbjpafa21
Gente entre gente, que não se pense que se sente o que outro sente, nem que se pressente para além do presente.
1965-05-01 Vitória, Porto
37293
1
8
Medo de amanhã
Escorro nos medos do eu, em mim, sem fim,
Afundei na tristeza sem adeus sem meus
E não respiro nem receio sem Zeus
Jupiter, Hera e Agape, sinceramente, é asim,
Os deuses é que, impávidos, me carregam,
Paganismo, solipsismo, nihilismo, xintoismo,
Não pertenço, apenas escravizado, isolado
Vergado ao que näo sou nem pertenço,
Pusesse à mão de fora e acenaria com lenço
De alva estrutura, ajuda, socorro que eu morro...
O silêncio de pedra granítico se agita quieto.
Na imobilidade do pinguim Imperador perto do fim,
Na orla da borda, no FinisTerrae,
Oh ódio, ó tu me que que me mantêns,
Porque näo fazes tu finar-te como te afinal convém?
O além fora de alcance, a desprezar quem dance,
Excepto a dança da solidao, dançam os que lá estão,
Ignorado, ocultado, eu me migo, maldição amarga,
Sem resposta senão mesa posta em limão de azedume,
Bethune de isolamento, enterrado em vida inibida.
Só espero cesse a batida, pare a corrida,
Que, resiliente, insiste um músculo que bate
Bate, bate bate, vendaval, bate por mal,
Miserável que me arrastas pelos ténebres acordar,
Que os deuses se compadeçam e te façam finar.
Que os deuses se compadeçam e te façam finar.
Afundei na tristeza sem adeus sem meus
E não respiro nem receio sem Zeus
Jupiter, Hera e Agape, sinceramente, é asim,
Os deuses é que, impávidos, me carregam,
Paganismo, solipsismo, nihilismo, xintoismo,
Não pertenço, apenas escravizado, isolado
Vergado ao que näo sou nem pertenço,
Pusesse à mão de fora e acenaria com lenço
De alva estrutura, ajuda, socorro que eu morro...
O silêncio de pedra granítico se agita quieto.
Na imobilidade do pinguim Imperador perto do fim,
Na orla da borda, no FinisTerrae,
Oh ódio, ó tu me que que me mantêns,
Porque näo fazes tu finar-te como te afinal convém?
O além fora de alcance, a desprezar quem dance,
Excepto a dança da solidao, dançam os que lá estão,
Ignorado, ocultado, eu me migo, maldição amarga,
Sem resposta senão mesa posta em limão de azedume,
Bethune de isolamento, enterrado em vida inibida.
Só espero cesse a batida, pare a corrida,
Que, resiliente, insiste um músculo que bate
Bate, bate bate, vendaval, bate por mal,
Miserável que me arrastas pelos ténebres acordar,
Que os deuses se compadeçam e te façam finar.
Que os deuses se compadeçam e te façam finar.
123
0
Mais como isto
Ver também
Escritas.org