Frederico de Castro
Escuto o sentir das palavras e então esculpo-as nos meus silêncios, dando-lhes vida forma e cor. Desejo-as, acalento-as, acolho-as,embelezo-as sempre com muito, muito amor…
1961-06-20 Bolama
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Porto de abrigo
Condescendente o dia amara agora
Afogado numa imensa maresia estável
É simplesmente um presumível eco vadiando
Ao longo das margens deste rio indomável
E assim vai passando o tempo bolinando
Sobre o dorso de um silêncio instável
Como que ansiando pelos afagos e caricias
De uma onda dormitando ali tão afável
Frederico de Castro
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