Sérgio Gonçalves de Sousa
Poeta, autor da Coleção: "Todos os Amores", volumes 1 e 2 estão disponíveis para Kindle na Amazon.
1966-11-29 São Paulo
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GÊNESIS
No princípio era só eu, abrindo os olhos, aprendendo a amar, a ver
Porque havia luz, havia paz, eu sentia o ar, o mar, um lar nascer
E se ele não tinha forma, como a terra que também era vazia,
Precisou Deus fazer tudo luzir, a solidão se despedir, primazia,
Aquecer o coração, desenhar o firmamento, por um momento,
E já era paraíso aqui, quando aquela barriga cresceu, na certa
Existiu aquela mulher entre você e eu, que fez a descoberta,
Que deixou os traços, aqueles braços abertos para mim, enfim,
A terra já havia sido criada, já tinha o sol, já tinha a lua, estrelas,
E ao vê-las, sorriu a natureza, aves, peixes, conheci a beleza
Representada à imagem, à semelhança divina, nesta menina,
Nathalia, Ná, Naná, Lia, não importa, a porta da casa abria,
A vida em festa te recebia, para morar e ganhar o alimento,
Teu sustento no seio que eu primeiro amara, tomara para si,
No jardim, plantas e frutos a surgirem, a florirem, a sorrirem,
A repetirem, como o Criador, que era bom, o som do seu choro,
Que acalentei no colo, que vi crescer neste solo e comemoro,
Hoje, sempre, meu presente, agora, como Deus, posso descansar.
Porque havia luz, havia paz, eu sentia o ar, o mar, um lar nascer
E se ele não tinha forma, como a terra que também era vazia,
Precisou Deus fazer tudo luzir, a solidão se despedir, primazia,
Aquecer o coração, desenhar o firmamento, por um momento,
E já era paraíso aqui, quando aquela barriga cresceu, na certa
Existiu aquela mulher entre você e eu, que fez a descoberta,
Que deixou os traços, aqueles braços abertos para mim, enfim,
A terra já havia sido criada, já tinha o sol, já tinha a lua, estrelas,
E ao vê-las, sorriu a natureza, aves, peixes, conheci a beleza
Representada à imagem, à semelhança divina, nesta menina,
Nathalia, Ná, Naná, Lia, não importa, a porta da casa abria,
A vida em festa te recebia, para morar e ganhar o alimento,
Teu sustento no seio que eu primeiro amara, tomara para si,
No jardim, plantas e frutos a surgirem, a florirem, a sorrirem,
A repetirem, como o Criador, que era bom, o som do seu choro,
Que acalentei no colo, que vi crescer neste solo e comemoro,
Hoje, sempre, meu presente, agora, como Deus, posso descansar.
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