Sérgio Gonçalves de Sousa
Poeta, autor da Coleção: "Todos os Amores", volumes 1 e 2 estão disponíveis para Kindle na Amazon.
1966-11-29 São Paulo
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O VENTO NÃO PERCEBE A BRISA
No começo tudo era lindo, o seu pai na calçada
O muro ruindo a três quadras da minha casa
O ônibus subindo e eu sempre atrasado
Quanto entrei afobado, meu mundo parou
E dando tudo certo, eu sempre quis você na minha vida
E ela aturdida te acenou na multidão
Quem sabe você me dê alguma pista
E encha então de paz o meu coração
No domingo sessão de cinema, eu sentado ao seu lado
A pipoca caindo, me deixando encabulado
Num gesto inusitado, apoiei o dedo em sua mão
Ela aninhou-se por baixo e um beijo selou
A herança que eu trago desse dia são duas maravilhas
É por elas que eu vou atravessar o turbilhão
Foi duro ter que abrir a porta da saída
Agora vou seguir sem direção
E se tudo der errado, saiba o vento não percebe a brisa
E ela, por sua vez, vencida, se perde no furacão
Quem sabe ainda exista uma fagulha viva
Mas, sei, choveu demais neste verão
O muro ruindo a três quadras da minha casa
O ônibus subindo e eu sempre atrasado
Quanto entrei afobado, meu mundo parou
E dando tudo certo, eu sempre quis você na minha vida
E ela aturdida te acenou na multidão
Quem sabe você me dê alguma pista
E encha então de paz o meu coração
No domingo sessão de cinema, eu sentado ao seu lado
A pipoca caindo, me deixando encabulado
Num gesto inusitado, apoiei o dedo em sua mão
Ela aninhou-se por baixo e um beijo selou
A herança que eu trago desse dia são duas maravilhas
É por elas que eu vou atravessar o turbilhão
Foi duro ter que abrir a porta da saída
Agora vou seguir sem direção
E se tudo der errado, saiba o vento não percebe a brisa
E ela, por sua vez, vencida, se perde no furacão
Quem sabe ainda exista uma fagulha viva
Mas, sei, choveu demais neste verão
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