Paulo Sérgio Rosseto
Porto Seguro/BA. Poeta.
Livros Publicados: 21
Livros no Prelo: 04
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1960-04-11 Guaraçai - SP
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PEQUENA HISTÓRIA PRA BOI DORMIR
Quiseram ser donos apenas da terra
Derrubaram o arvoredo em desprezo a floresta
Plantaram centeio sem cuidado algum
Esquecendo-se do joio em seu meio
Hoje se veem rodeados de inapropriados fantasmas
Não mais existe respeito nem medo
De onças jaburus sacis e serpentes
Alias estas se fragmentaram
Em doentes mentes presas por arames de farpas
Não há mais floresta e sim homogêneo
Verde sem grilos besouros e formigas
De raízes rasas e densos repelentes
A insetos animais e a tantas pragas
Certamente incluindo-se à boa gente
Acabaram secos os pequenos córregos
Que escorriam mansos o suor da terra
Pela grande sombra das colinas suaves
Essa roça agora é solo plano nivelado em ranhuras
Uma terra árida que deseja chuva
Pede ajuda a imensas máquinas caras
Que transformam declives em folha parda
E que não leva a nada senão a si mesma
Agora descobrem que esse trigo não mata a fome
E ao invés de replantarem a floresta ou reaproveitar
O que ao menos ainda presta desse gado e cada rês
Protestam, queimam o grão e se retiram
Para outra festa ainda mais nefasta
O que fora árvore tornara-se madeira sem lei
E sobre as paginas desse livro há rasuras
Pobres moços contradizendo as leis da Ordem
Por modestos desejos de tornarem-se reis
- www.psrosseto.com.br -
Derrubaram o arvoredo em desprezo a floresta
Plantaram centeio sem cuidado algum
Esquecendo-se do joio em seu meio
Hoje se veem rodeados de inapropriados fantasmas
Não mais existe respeito nem medo
De onças jaburus sacis e serpentes
Alias estas se fragmentaram
Em doentes mentes presas por arames de farpas
Não há mais floresta e sim homogêneo
Verde sem grilos besouros e formigas
De raízes rasas e densos repelentes
A insetos animais e a tantas pragas
Certamente incluindo-se à boa gente
Acabaram secos os pequenos córregos
Que escorriam mansos o suor da terra
Pela grande sombra das colinas suaves
Essa roça agora é solo plano nivelado em ranhuras
Uma terra árida que deseja chuva
Pede ajuda a imensas máquinas caras
Que transformam declives em folha parda
E que não leva a nada senão a si mesma
Agora descobrem que esse trigo não mata a fome
E ao invés de replantarem a floresta ou reaproveitar
O que ao menos ainda presta desse gado e cada rês
Protestam, queimam o grão e se retiram
Para outra festa ainda mais nefasta
O que fora árvore tornara-se madeira sem lei
E sobre as paginas desse livro há rasuras
Pobres moços contradizendo as leis da Ordem
Por modestos desejos de tornarem-se reis
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