Chama

Atento no remurejar da alma
onde correm todas as marcas
como sargaços rumo à foz
dos dias brancos.

Tantos invernos entremeados
pela luz que ascende desse jardim,
onde ardem todas as promessas
de ouro, a viagem onde me circum-navego...

Quantos sonhos
quantos sóis arderam no caminho?
De luz sempre a busca,
ainda hoje se espelha
nas gotas de chuva onde me abrigo
neste canto do mundo...

De luz, de explosões
matinais é a fome
do que em mim
chamo de alma.

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