Cruz e Sousa

Cruz e Sousa

João da Cruz e Sousa foi um poeta brasileiro. Com a alcunha de Dante Negro ou Cisne Negro, foi um dos precursores do simbolismo no Brasil.

1861-11-24 Desterro, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil
1898-03-19 Sítio, Brasil
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Cárcere das Almas

Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,
Soluçando nas trevas, entre as grades
Do calabouço olhando imensidades,
Mares, estrelas, tardes, natureza.

Tudo se veste de uma igual grandeza
Quando a alma entre grilhões as liberdades
Sonha e, sonhando, as imortalidades
Rasga no etéreo o Espaço da Pureza.

Ó almas presas, mudas e fechadas
Nas prisões colossais e abandonadas,
Da Dor no calabouço, atroz, funéreo!

Nesses silêncios solitários, graves,
Que chaveiro do Céu possui as chaves
para abrir-vos as portas do Mistério?!


Publicado no livro Últimos Sonetos (1905).

In: SOUSA, Cruz e. Últimos sonetos. Texto estabelecido pelo manuscrito autógrafo e notas Adriano da Gama Kury. Est. liter. Julio Castañon Guimarães. 2.ed. Florianópolis: Ed. da UFSC: Fundação Catarinense de Cultura; Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1988. p.21
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Prémios e Movimentos

Simbolismo
Lola
Vim apenas estudar e acabei adorando ??
25/novembro/2021
Lola
Obs* !!
25/novembro/2021
Carla
Me mostre as situações desse poema
12/junho/2019
Veckor
Bonitas fontes, poema pessimista. Sisne Negro estava sofrendo pelo visto com as trevas de seu tempo entretanto sonhava muito conseguir almejava as chaves do mistério
13/maio/2018

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