Juó Bananére
Juó Bananère era o pseudônimo usado pelo escritor, poeta e engenheiro brasileiro Alexandre Ribeiro Marcondes Machado para criar obras literárias num patois falado pela numerosíssima colônia italiana de São Paulo na primeira metade do século XX, que aportava na capital em busca de oportunidades de trabalho, tornado a cidade o maior centro de imigração italiana do país. Muitos deles não conseguiam seu objetivo, amargando subempregos e uma sofrível condição social. Mas, pelo menos, contavam com alguém na imprensa para representá-los, escrevendo nos seus dialetos de origem.
1892-04-11 Pindamonhangaba SP
1933-08-22 São Paulo SP
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Migna Terra
Migna terra tê parmeras,
Che ganta ínzima o sabiá.
As aves che stó aqui,
Tambê tuttos sabi gorgeá.
A abobora celestia tambê,
Che tê lá na mia terra,
Tê moltos millió di strella
Che non tê na Ingraterra.
Os rios lá sô maise grandi
Dus rio di tuttas naçó;
I os matto si perdi di vista,
Nu meio da imensidó.
Na migna terra tê parmeras
Dove ganta a galligna dangola;
Na minha terra tê o Vap'relli,
Chi só anda di gartolla.
In: BANANÉRE, Juó. La divina increnca. 2.ed. Pref. Mário Leite. São Paulo: Folco Masucci, 1966
NOTA: Paródia da "Canção do Exílio", do livro PRIMEIROS CANTOS (1846), de Gonçalves Dia
Che ganta ínzima o sabiá.
As aves che stó aqui,
Tambê tuttos sabi gorgeá.
A abobora celestia tambê,
Che tê lá na mia terra,
Tê moltos millió di strella
Che non tê na Ingraterra.
Os rios lá sô maise grandi
Dus rio di tuttas naçó;
I os matto si perdi di vista,
Nu meio da imensidó.
Na migna terra tê parmeras
Dove ganta a galligna dangola;
Na minha terra tê o Vap'relli,
Chi só anda di gartolla.
In: BANANÉRE, Juó. La divina increnca. 2.ed. Pref. Mário Leite. São Paulo: Folco Masucci, 1966
NOTA: Paródia da "Canção do Exílio", do livro PRIMEIROS CANTOS (1846), de Gonçalves Dia
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