Juó Bananére
Juó Bananère era o pseudônimo usado pelo escritor, poeta e engenheiro brasileiro Alexandre Ribeiro Marcondes Machado para criar obras literárias num patois falado pela numerosíssima colônia italiana de São Paulo na primeira metade do século XX, que aportava na capital em busca de oportunidades de trabalho, tornado a cidade o maior centro de imigração italiana do país. Muitos deles não conseguiam seu objetivo, amargando subempregos e uma sofrível condição social. Mas, pelo menos, contavam com alguém na imprensa para representá-los, escrevendo nos seus dialetos de origem.
1892-04-11 Pindamonhangaba SP
1933-08-22 São Paulo SP
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Alguns Poemas
Biografia
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Livros
Juó Bananére (Pindamonhangaba SP 1892 - São Paulo SP 1933), pseudônimo de Alexandre Ribeiro Marcondes Machado, fez o curso de Engenharia Civil na Escola Politécnica de São Paulo, entre 1913 e 1917. Aliou à carreira de engenheiro civil a colaboração em periódicos, para os quais escreveu crônicas e poemas em linguagem macarrônica, misturando italiano e português. Em 1911, criou As Cartas d'Abax'O Piques, seção de crônicas em que imitava a fala dos imigrantes italianos do bairro da Bela Vista, popularmente chamado Bixiga, na revista paulista O Pirralho, dirigida por Oswald de Andrade. Terminou demitido da revista em 1915, devido à sátira que escreveu a discurso de Olavo Bilac na Faculdade de Direito; tornou-se então redator da página Sempr'Avanti!! da revista quinzenal O Queixoso. Em 1917 voltou a trabalhar em O Piralho, escrevendo a página O Féxa. Foi criador e redator de O Diário de Abax'o Piques, periódico semanal, em 1933. A poesia de Juó Bananere costuma ser relacionada à primeira geração do Modernismo, mas ele criou poemas em uma língua própria, o 'paulistaliano', segundo Monteiro Lobato, com a qual satirizou acontecimentos políticos e sociais do começo do século XX.