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Tasso da Silveira
Tasso Azevedo da Silveira OSE foi um escritor e poeta brasileiro.
1895-03-11 Curitiba PR
1968-12-03 Rio de Janeiro RJ
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Na noite transfigurada
Na noite transfigurada só ficaram os cedros e os ciprestes.
A lua surgiu, mas como, na lembrança, um rosto antigo explende palidamente e depois se apagou.
O vento veio, mas como um pássaro branco de grandes asas fatigadas: esvoaçou, lento entre as frondes, pousou no chão e adormeceu.
Os outros seres perderam-se no caminho dos milênios.
Ficaram apenas os cedros e os ciprestes e, na altura, as estrelas.
E para além dos ciprestes e cedros há só deserto e esquecimento.
Poema integrante da série III. Solilóquio.
In: SILVEIRA, Tasso da. Poemas de antes. Il. Sônia Castro. Rio de Janeiro: GRD, 1966. p.11
A lua surgiu, mas como, na lembrança, um rosto antigo explende palidamente e depois se apagou.
O vento veio, mas como um pássaro branco de grandes asas fatigadas: esvoaçou, lento entre as frondes, pousou no chão e adormeceu.
Os outros seres perderam-se no caminho dos milênios.
Ficaram apenas os cedros e os ciprestes e, na altura, as estrelas.
E para além dos ciprestes e cedros há só deserto e esquecimento.
Poema integrante da série III. Solilóquio.
In: SILVEIRA, Tasso da. Poemas de antes. Il. Sônia Castro. Rio de Janeiro: GRD, 1966. p.11
1996
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