Amadeu Amaral
Amadeu Ataliba Arruda Amaral Leite Penteado foi um poeta, folclorista, filólogo e ensaísta brasileiro.
1875-11-06 Monte Mor [Capivari], São Paulo, Brasil
1929-10-24 São Paulo, Brasil
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2 - A um Manancial de Água Pura
No alto da escarpa, além, escorre e brilha
um leve, pequenino manancial:
é, entre rochas, uma fina estilha
de prata com sonidos de cristal.
Filha do morro, a fonte, boa filha,
agarra-se teimosa ao chão natal,
à trama das raízes, à escumilha
das ervas, aos farpões do pedregal.
Doce água! Aquele que a tomasse à fonte,
após lenta ascensão por duro monte,
esse a pudera bem julgar, enfim;
mas, não merece tanto esforço: escorre
abandonada e no abandono morre...
Dentro de nós há mananciais assim.
16 de junho de 1921
Publicado no livro Lâmpada antiga: versos (1924). Poema integrante da série Um Punhado de Sonetos.
In: Poesias completas. São Paulo: HUCITEC: Secretaria da Cultura, Ciência e Tecnologia do Estado, 1977. p.246. (Obras de Amadeu Amaral
um leve, pequenino manancial:
é, entre rochas, uma fina estilha
de prata com sonidos de cristal.
Filha do morro, a fonte, boa filha,
agarra-se teimosa ao chão natal,
à trama das raízes, à escumilha
das ervas, aos farpões do pedregal.
Doce água! Aquele que a tomasse à fonte,
após lenta ascensão por duro monte,
esse a pudera bem julgar, enfim;
mas, não merece tanto esforço: escorre
abandonada e no abandono morre...
Dentro de nós há mananciais assim.
16 de junho de 1921
Publicado no livro Lâmpada antiga: versos (1924). Poema integrante da série Um Punhado de Sonetos.
In: Poesias completas. São Paulo: HUCITEC: Secretaria da Cultura, Ciência e Tecnologia do Estado, 1977. p.246. (Obras de Amadeu Amaral
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