Oitava Cantiga de Amigo

Junto às vagas do mar de Vigo,
venho ao relembrar de um amigo.
Aves põem plumas no horizonte
e as plumas, águas de uma fonte,
em Vigo, nas algas do mar,
do amigo, trazem-me o tardar.
Do além-mar vem, leve por plumas,
a dor que não quero chorar.
Porém as gaivotas põem brumas,
no profundo de meu penar,
onde, às margens do mar de Vigo,
venho ao relembrar de um amigo.

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