John Berryman
John Allyn McAlpin Berryman foi um poeta norte-americano. Reconhecido como uma figura importante na poesia da segunda metade do século XX, é considerado um dos maiores expoentes da poesia confessional. Em 1965, foi honrado com o Prêmio Pulitzer de Poesia. Em seus últimos anos, sofrendo pelo alcoolismo e a depressão, Berryman se suicidou pulando de uma ponte no cruzamento do Rio Mississippi.Referências
1914-10-25 McAlester
1972-01-07 Minneapolis
2007
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55
Peter não é amigável. Dá-me olhares de soslaio.
A arquitetura está longe de reconfortar.
Sinto-me inquieto.
É pena,-- a entrevista começou tão bem:
mencionei coisas vilanescas, ele mandou-as embora
e malpreparou um martini
estranhamente precisado. Tratamos de assuntos indiferentes --
a saúde de Deus, o vago inferno do Congo,
a energia de John,
questões de anti-matéria. Senti-me bem.
Mas veio uma mudança trás para frente. Caiu um frio.
A conversa ralentou,
morreu, e ele começou com os olhares de soslaio.
'Cristo', pensei, 'e agora?' e bem teria pedido mais um
mas não ousei.
Senti que minha petição fracassava. Está escurecendo,
um outro som se sobrepondo. Suas últimas palavras foram:
'Nós traímos a mim'.
(tradução de Ismar Tirelli Neto)
Dream Song 55
John Berryman
Peter's not friendly. He gives me sideways looks.
The architecture is far from reassuring.
I feel uneasy.
A pity, -- the interview began so well:
I mentioned fiendish things, he waved them away
and sloshed out a martini
strangely needed. We spoke of indifferent matters --
God's health, the vague hell of the Congo,
John's energy,
anti-matter matter. I felt fine.
Then a change came backward. A chill fell.
Talk slackened,
died, and he began giving me sideways looks.
'Christ', I thought, 'what now?” and would have askt for another
but didn't dare.
I feel my application failing. It's growing dark,
some other sound is overcoming. His last words are:
'We betrayed me'.
A arquitetura está longe de reconfortar.
Sinto-me inquieto.
É pena,-- a entrevista começou tão bem:
mencionei coisas vilanescas, ele mandou-as embora
e malpreparou um martini
estranhamente precisado. Tratamos de assuntos indiferentes --
a saúde de Deus, o vago inferno do Congo,
a energia de John,
questões de anti-matéria. Senti-me bem.
Mas veio uma mudança trás para frente. Caiu um frio.
A conversa ralentou,
morreu, e ele começou com os olhares de soslaio.
'Cristo', pensei, 'e agora?' e bem teria pedido mais um
mas não ousei.
Senti que minha petição fracassava. Está escurecendo,
um outro som se sobrepondo. Suas últimas palavras foram:
'Nós traímos a mim'.
(tradução de Ismar Tirelli Neto)
Dream Song 55
John Berryman
Peter's not friendly. He gives me sideways looks.
The architecture is far from reassuring.
I feel uneasy.
A pity, -- the interview began so well:
I mentioned fiendish things, he waved them away
and sloshed out a martini
strangely needed. We spoke of indifferent matters --
God's health, the vague hell of the Congo,
John's energy,
anti-matter matter. I felt fine.
Then a change came backward. A chill fell.
Talk slackened,
died, and he began giving me sideways looks.
'Christ', I thought, 'what now?” and would have askt for another
but didn't dare.
I feel my application failing. It's growing dark,
some other sound is overcoming. His last words are:
'We betrayed me'.
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