I
A petite soeur Therezinha de Jesus
"Anda sempre tão unido
O meu tormento comigo,
Que eu mesmo sou meu perigo"
LUIS DE CAMÕES
Não sou eu quem o diz!
Mas este corpo estranho pulsa em mim
como um coração, não meu, mas de alguém
composto de outras fibras, outras carnes
que não estas humanas. Quem me obriga
será antes a dor, que, incrustada
em meu ser, já se não distingue da
composição escassa de meu corpo,
veículo insolúvel que a transporta,
Anjo ou dor ou enfim força alheia ao
arbítrio da vontade, nem sequer
válida no restrito território
que sou, a mim me impinges a palavra:
impõe-se o canto à boca que o articula.
"Anda sempre tão unido
O meu tormento comigo,
Que eu mesmo sou meu perigo"
LUIS DE CAMÕES
Não sou eu quem o diz!
Mas este corpo estranho pulsa em mim
como um coração, não meu, mas de alguém
composto de outras fibras, outras carnes
que não estas humanas. Quem me obriga
será antes a dor, que, incrustada
em meu ser, já se não distingue da
composição escassa de meu corpo,
veículo insolúvel que a transporta,
Anjo ou dor ou enfim força alheia ao
arbítrio da vontade, nem sequer
válida no restrito território
que sou, a mim me impinges a palavra:
impõe-se o canto à boca que o articula.
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