Saudades
Tardes cor de ouro,
violáceas, afetuosas.
Tardes de pressentimento, de meditação,
que inundais de perfume e que cobris de rosas
meigos recantos de meu coração.
Tardes de doçura e recolhimento,
aveludadas, de arminho
Insinuais a delícia do carinho
e a beleza sem par do querer bem.
Enfeitais o infinito em linda cor de vinho,
lembrais a suavidade espiritual de alguém.
Vós que viveis acompanhando
toda a melancolia de meu ser,
ide longe, longe, para quem eu amo
dizei-lhe coisas que não sei dizer.
Tardes de reclínio, tardes de bondade,
cheias de mansidão crepuscular,
ide, contai-lhe esta agônica saudade
dizei-lhe da Amizade,
do amor
e do pesar...
Voai, voai, através destes espaços,
tardes religiosas, tardes calmas
e levai-lhe o aconchego de meus braços
uní eternamente as nossas almas.
violáceas, afetuosas.
Tardes de pressentimento, de meditação,
que inundais de perfume e que cobris de rosas
meigos recantos de meu coração.
Tardes de doçura e recolhimento,
aveludadas, de arminho
Insinuais a delícia do carinho
e a beleza sem par do querer bem.
Enfeitais o infinito em linda cor de vinho,
lembrais a suavidade espiritual de alguém.
Vós que viveis acompanhando
toda a melancolia de meu ser,
ide longe, longe, para quem eu amo
dizei-lhe coisas que não sei dizer.
Tardes de reclínio, tardes de bondade,
cheias de mansidão crepuscular,
ide, contai-lhe esta agônica saudade
dizei-lhe da Amizade,
do amor
e do pesar...
Voai, voai, através destes espaços,
tardes religiosas, tardes calmas
e levai-lhe o aconchego de meus braços
uní eternamente as nossas almas.
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