António Diniz da Cruz e Silva
Poeta português do século XVIII, magistrado de profissão e fundador da Arcádia Lusitana em 1756.
1731-07-04 Lisboa
1799-10-05 Rio de Janeiro
1571
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Soneto
Da bela mãe perdido Amor errava
Pelos campos que corta o Tejo brando,
E a todos quantos via suspirando
Sem descanso por ela procurava.
Os farpões lhe caíam da áurea aljava;
Mas ele de arco e setas não curando,
Mil glórias prometia, soluçando,
A quem à deusa o leve, que buscava.
Quando Jônia que ali seu gado pasce,
Enxugando-lhe as lágrimas que chora,
A Vênus lhe mostrar, leda, se oferece:
Mas Amor dando um vôo à linda face
Beijando-a lhe tornou: "Gentil pastora,
Quem os teus olhos vê, Vênus esquece".
Pelos campos que corta o Tejo brando,
E a todos quantos via suspirando
Sem descanso por ela procurava.
Os farpões lhe caíam da áurea aljava;
Mas ele de arco e setas não curando,
Mil glórias prometia, soluçando,
A quem à deusa o leve, que buscava.
Quando Jônia que ali seu gado pasce,
Enxugando-lhe as lágrimas que chora,
A Vênus lhe mostrar, leda, se oferece:
Mas Amor dando um vôo à linda face
Beijando-a lhe tornou: "Gentil pastora,
Quem os teus olhos vê, Vênus esquece".
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