[Troll]
Da importância de não se ter amigos
O saber é uma superstição,
um vício.
Quando me perco em pensamentos, me perco na linguagem.
A linguagem se tornando a grande inimiga. Quero esquecer.
Mas como eu me coloco? Não sei, às vezes na beira do precipício, às vezes no próprio precipício, e às vezes sustentado por um amor divino.
O amor sustenta o artista.
Vou ficar quieto, não quero falar mais nada. Não há nada para ser dito. Mania de conversar com os outros. Vou manter silêncio. Também, não vou pensar nada. Não vou pensar mais.
Grau Zero.
Pego meu chapéu e saio da minha mente.
Vou carregar a cabeça nos braços, como um Troll.
A língua destrói constantemente
[a possibilidade de se dizer]
Oh, é apenas minha mente, pensando de novo.
O que acontece na vida não importa.
Totalmente presente e totalmente ausente ao mesmo tempo.
Eu me transformei num monstro, aparentemente num monstro. Numa mão, solta, no alto, eu levo o meu rosto, como se fosse uma máscara, um balão. Essa própria mão, e o braço, estão deslocados e descolados do tronco, o corpo todo desengonçado e solto. O que parece unir todas as partes é uma estranha luminosidade: e isso é muito mais eu do que o eu concentrado, preso no corpo.
Como se estivesse preste a arrancar fora o corpo e a vida como se fossem uma mera camisa.
Solto
Não tenho interesse
em minhas próprias opiniões
Já não acredito
em que eu penso—
sou o que penso
eu era pensamento
mas não sou
mais
Nada é onde há palavra
Máscaras
O saber é uma superstição,
um vício.
Quando me perco em pensamentos, me perco na linguagem.
A linguagem se tornando a grande inimiga. Quero esquecer.
Mas como eu me coloco? Não sei, às vezes na beira do precipício, às vezes no próprio precipício, e às vezes sustentado por um amor divino.
O amor sustenta o artista.
Vou ficar quieto, não quero falar mais nada. Não há nada para ser dito. Mania de conversar com os outros. Vou manter silêncio. Também, não vou pensar nada. Não vou pensar mais.
Grau Zero.
Pego meu chapéu e saio da minha mente.
Vou carregar a cabeça nos braços, como um Troll.
A língua destrói constantemente
[a possibilidade de se dizer]
Oh, é apenas minha mente, pensando de novo.
O que acontece na vida não importa.
Totalmente presente e totalmente ausente ao mesmo tempo.
Eu me transformei num monstro, aparentemente num monstro. Numa mão, solta, no alto, eu levo o meu rosto, como se fosse uma máscara, um balão. Essa própria mão, e o braço, estão deslocados e descolados do tronco, o corpo todo desengonçado e solto. O que parece unir todas as partes é uma estranha luminosidade: e isso é muito mais eu do que o eu concentrado, preso no corpo.
Como se estivesse preste a arrancar fora o corpo e a vida como se fossem uma mera camisa.
Solto
Não tenho interesse
em minhas próprias opiniões
Já não acredito
em que eu penso—
sou o que penso
eu era pensamento
mas não sou
mais
Nada é onde há palavra
Máscaras
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