Soneto

Esta, que habitação foi algum dia
das trevas superiores da ignorância
sendo Assento silvestre, rude Estância
Lugar inculto, bruta Monarquia;

hoje, que já brilhante Estrela a guia,
que já um Astro lhe dá luz de abundância,
que um Planeta lhe dá toda a prestância,
que um Sol a faz luzir, brilha a Bahia.

Bem assim, porque um sumo Apolo nela
consagra por divino e alto intento
um Coro celestial, Morada bela:

ficando, por lugar da Terra isento,
para o Sol, o Planeta, o Astro, a Estrela,
Monarquia, Lugar, Estância, Assento.

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