Américo Facó

1885-10-21 Beberibe
1953-01-03 Rio de Janeiro
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Ed

Cinja-lhe a fronte e cinja-lhe os cabelos
A coroa de pâmpanos virente,
E abra-lhe, a meio, a boca em riso ardente,
Porém um riso que provoque zelos...

E vistam-na depois, com mil desvelos,
Do grego manto leve e transparente,
Deixando livre o colo e a pele quente
Dos braços nus — que assim é melhor vê-los.

E, — assim vestida, à moda primitiva
Da Frinéia pagã, — a luz serena
Do seu olhar se torne mais cativa,

Mais lânguida e mais doce! — e Ed, a morena,
Há de surgir mais casta à luz mais viva,
Plena de mais pureza e graça plena...

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