O Mestre
Bato um dia, cansado, à porta da oficina,
No Pont-Vieux, em Florença, uma tarde de Maio:
Cinzelando, escandindo uma obra ou um ensaio
Vi B. Lopes, Celini e Bilac e Bartrina.
Havia em torno a unção da Capela Sixtina.
Cruz e Souza, orgulhoso, olhou-me de soslaio;
Vi Cervantes, cantor do berço de Pelayo,
Victor Hugo — o albatroz, o condor, a águia alpina.
Vi Dante, que desceu do inferno e a funda gorja
E os revéis encontrou nas fogueiras terríveis...
Castro Alves temperava uma espada na forja.
Antero de Quental dialogava com a Glória...
Só B. Lopes me ouviu, dos deuses impassíveis,
— O Mestre dos Brasões, de eviterna memória!
No Pont-Vieux, em Florença, uma tarde de Maio:
Cinzelando, escandindo uma obra ou um ensaio
Vi B. Lopes, Celini e Bilac e Bartrina.
Havia em torno a unção da Capela Sixtina.
Cruz e Souza, orgulhoso, olhou-me de soslaio;
Vi Cervantes, cantor do berço de Pelayo,
Victor Hugo — o albatroz, o condor, a águia alpina.
Vi Dante, que desceu do inferno e a funda gorja
E os revéis encontrou nas fogueiras terríveis...
Castro Alves temperava uma espada na forja.
Antero de Quental dialogava com a Glória...
Só B. Lopes me ouviu, dos deuses impassíveis,
— O Mestre dos Brasões, de eviterna memória!
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