Canto do Peregrino
Para louvar-te
Em versos de arte
A estreme beleza,
Vim de longe — ó Princesa!
Chegou no meu tugúrio a fama de teu nome!
E eu parti, lira às mãos, ardendo em sede e fome,
Para ver-te e contar a todos os mortais
A beleza sem par de teus olhos fatais,
Do teu perfil sereno de medalha,
Do teu sorriso trêmulo e divino...
Acolhe a prece, pois, do peregrino...
Vim de longe e parei ante a forte muralha
Do teu castelo, o rosto exangue...
Em sangue da jornada os pés, as mãos em sangue
E exposto ao vento e à chuva espero que apareça
O sol para esfolhar sobre a tua cabeça
As rosas que colhi rio meu triste caminho,
Deixando algo de mim em cada espinho
Por onde, só, passei, deslumbrado a cantar
Atrás de uma quimera...
E, ó Princesa! já choram, a tua espera
os meus olhos cansados de sonhar...
Em versos de arte
A estreme beleza,
Vim de longe — ó Princesa!
Chegou no meu tugúrio a fama de teu nome!
E eu parti, lira às mãos, ardendo em sede e fome,
Para ver-te e contar a todos os mortais
A beleza sem par de teus olhos fatais,
Do teu perfil sereno de medalha,
Do teu sorriso trêmulo e divino...
Acolhe a prece, pois, do peregrino...
Vim de longe e parei ante a forte muralha
Do teu castelo, o rosto exangue...
Em sangue da jornada os pés, as mãos em sangue
E exposto ao vento e à chuva espero que apareça
O sol para esfolhar sobre a tua cabeça
As rosas que colhi rio meu triste caminho,
Deixando algo de mim em cada espinho
Por onde, só, passei, deslumbrado a cantar
Atrás de uma quimera...
E, ó Princesa! já choram, a tua espera
os meus olhos cansados de sonhar...
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