Na ponte de comando

Na ponte
de comando
da nave que singra as vagas
como a noz que flutua na corrente
a vista comanda a linha do horizonte
avistada no infinito
pelo navegante de todas as eras
que no convés ou tombadilho
tal escultura de pedra
perscruta sem piscar
e migra do longe para o perto
para imergir do fora para o dentro
na hipnose do encontro do céu e mar.

A coragem preparada para o mergulho
na cachoeira do fim do mundo plano
como a flechada da gaivota para o fundo
do oceano turvo de um mundo curvo
sonhando sempre com mistérios e perigos
da descoberta de algum novo porto

Portal de horizontes mais profundos.

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