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Walter de la Mare nasceu em Londres, em 1873. Estreou com a coletânea de poemasSongs of Childhood (1902), seguida do romanceHenry Brocken (1904). Escreveu muitos contos e também histórias infantis, como nos livrosBroomsticks and Other Tales (1925),On the Edge (1930) eThe Lord Fish (1930).
Walter de la Mare é hoje talvez mais conhecido como escritor destas histórias infantis e algumas poucas histórias de terror. Pertenceu a um grupo de poetas que, no início do século, tentaram reunir-se em antologias sob o título deGeorgian poets (por escreverem sob o reinado de George V).
Estas antologias incluíam, além de Walter de la Mare, outros poetas que seguem sendo lidos, como o ótimo (e obscuro no Brasil como poeta) D. H. Lawrence, os jovens Rupert Brooke eIsaac Rosenberg, Siegfried Sassoon, T. Sturge Moore e Vita Sackville-West. O termo não é mais usado com muita frequência. O grupo via-se como "modernista", mas acabou alvo dos ataques de modernistas mais militantes, como Ezra Pound e Wyndham Lewis, que os viam como parte dos "conservadores" ou filhotes dosYellow Nineties, como Pound gostava de dizer. Alguns dos poetas passariam, além do mais, a ser conhecidos comoGreat War Poets, por terem lutado na Primeira Grande Guerra, como Siegfried Sassoon, alguns nela tombando, como foi o triste caso de Rupert Brooke e Isaac Rosenberg. Escrevi sobre estes poetas da Grande Guerra, num artigo intitulado "Guerras Mundiais, utopia e distopia nas vanguardas", a quem se interessar pela discussão.
No Brasil, teriam sido provavelmente chamados de "pré-modernistas", este rótulo que nos impede de ver a grande modernidade de um poeta excelente como Augusto dos Anjos, sem mencionar a maneira como esta narrativa crítica varre para debaixo do tapete nossos melhores poetas simbolistas da chamada "segunda geração", como Marcelo Gama e Pedro Kilkerry. Mas isso já é outra história.
--- Ricardo Domeneck