Lídia Jorge

Lídia Jorge

Lídia Jorge é uma escritora portuguesa.

1946-06-18 Boliqueime
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Alguns Poemas

Lídia Jorge nasceu em Boliqueime, em 1946. Licenciada em Filologia Românica, foi professora do Ensino Secundário, docente de Didáctica da Literatura na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social. Tem colaborado em programas de televisão, revelando os seus pontos de vista sobre questões não só ligadas à literatura como também à realidade do dia-a-dia.Autora consagrada, a partir dos anos oitenta do século XX, as suas obras têm marcado a mais recente novelística portuguesa e têm-lhe valido diversos prémios de prestígio, além de traduções em outras línguas.A primeira incursão de Lídia Jorge na área da escrita para os mais novos deu-se com o livro História do nadador (ilustrações de Alain Corbel) que coloca em paralelo um espaço de reflexão sobre o passar do tempo e das coisas e breves vivências da praia de um grupo de cinco adolescentes que despertam para o desejo e a vida. Em O grande voo do pardal (ilustrações de Inês Oliveira), propõe-nos uma história sobre os valores da amizade e da liberdade, construída, com uma certa dimensão filosófico-moral, em torno dos afectos entre um homem e um pardal. Romance do grande Gatão (ilustrações de Danuta Wojciechowska), por seu lado, narra a história e as aventuras nocturnas, por vezes dolorosas, de um gato que oscila entre duas famílias, diferentes, mas ambas afectuosas. O livro aborda, de modo sensível, a relação homem-gato e a busca de felicidade e de afirmação por parte do animal. Em todas as obras, deparamos com uma escrita de qualidade e marcada pela dimensão poética. Bibliografia selectiva: História do nadador (1995), Lisboa: Contexto; O grande voo do pardal (2007), Lisboa: Dom Quixote; Romance do grande Gatão (2010), Lisboa: Dom Quixote.Romancista, contista e autora de uma peça de teatro, Lídia Guerreiro Jorge nasceu em Boliqueime em 1946. Licenciada em Filologia Românica, foi professora liceal em Lisboa e em África – Angola e Moçambique – para onde partiu em 1970. Ali viveu o marcante ambiente da Guerra Colonial, que mais tarde descreveria no romance A Costa dos Murmúrios através da perspectiva de uma personagem feminina, a mulher de um oficial do exército português de serviço em Moçambique. De regresso a Lisboa continuou a actividade docente e, em 1980, publicou o romance O Dia dos Prodígios, que lhe valeu o Prémio Ricardo Malheiros, da Academia das Ciências de Lisboa. Esta sua primeira obra publicada deve um impulso à revolução de Abril de 1974: O Dia dos Prodígios constrói-se como uma alegoria do país fechado e parado que Portugal era sob a ditadura, permanentemente à espera de uma força que o transformasse. O romance teve grande impacto junto do público e da crítica e Lídia Jorge foi de imediato saudada como uma das mais importantes revelações das letras portuguesas e uma renovadora do nosso imaginário romanesco. A linguagem narrativa deste romance e do seguinte – O Cais das Merendas – remete para a atmosfera do realismo mágico, sobrepondo vários planos narrativos numa estrutura polifónica de onde se destacam personagens que adquirem uma dimensão metafórica, ou mesmo mítica. A autora tem entretanto vindo progressivamente a adoptar um tom mais realista, nomeadamente em O Jardim sem Limites, onde à pequena aldeia de Vilamaninhos, que simbolizava no seu primeiro romance o Portugal pequenino e arcaico, se substitui Lisboa, a metrópole europeia onde se cruzam todas as influências e se rarefazem identidades e territórios. Nos romances de Lídia Jorge, a condição sócio-cultural das personagens, sobretudo as femininas, reflecte-se em diálogos, testemunhos a que não é alheia a atenção que a autora dispensa à tradição oral, em relação directa com a crónica da nossa história recente, antes e depois da revolução. A sua peça para teatro (A Maçon) procura um tempo mais remoto, os primeiros anos da ditadura, para retratar a condição feminina imposta pela ideologia do Estado Novo e a perda de liberdades (também) por parte das mulheres. A par da actividade literária, Lídia Jorge foi professora convidada da Faculdade de Letras de Lisboa, actividade que interrompeu para desempenhar funções na Alta Autoridade para a Comunicação Social, entre 1990 e 1994. Os seus livros têm-lhe merecido variadíssimos prémios e estão traduzidos para diversas línguas.
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