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Professor catedrático e poeta. De seu verdadeiro nome José Fernandes da Silva, deixou o Seminário aos dezassete anos para se fixar em Lisboa como empregado comercial (1946) e seguir os estudos universitários. É licenciado e mestre em Filologia Clássica pela Universidade de Lisboa. Professor no ensino secundário, em Lisboa, é, em 1957, nomeado pelo Instituto de Alta Cultura, de Lisboa, leitor de Português na Faculdade de Letras de Aix-en-Provence (França). No ano seguinte, na mesma faculdade, é nomeado leitor de Francês e organiza os primeiros cursos de Português no Collège Universitaire de Nice. Em 1961, foi nomeado leitor de Português na Sorbonne, em 1968, assistente associado no Centre Universitaire Expérimental de Paris VIII, de Vincennes, que mais tarde viria a ser Universidade, e, em 1974, encarregado do ensino de Português na Universidade de Paris VIII, de Vincennes. A partir de 1970, José Terra é director do Instituto de Estudos dos Países de Língua Portuguesa da Universidade de Paris VIII e, passados cinco anos, é director pedagógico dos cursos de língua e cultura portuguesas do Centro Cultural de Paris da Fundação Calouste Gulbenkian, organizados em colaboração com o departamento de Português da mesma Universidade. Na Sorbonne (Universidade de Paris III) obteve, em 5 de Junho de 1984, o doutoramento de Estado em Letras e Ciências Humanas com a mais alta classificação, com a tese intitulada «João Rodrigues de Sá de Meneses e o Humanismo Português». Desde 1 de Setembro de 1984 que é professor catedrático de Literatura e Civilização Portuguesa na Universidade de Paris - Sorbonne. José Terra foi co-fundador e co-editor das revistas literárias Árvore e Cassiopeia, publicadas em Lisboa entre 1951 e 1955. Figura como poeta em diversas antologias e colectâneas e, em 1955, foi galardoado com o prémio «Teixeira de Pascoaes» pelo seu trabalho poético Canto Submerso. A sua poesia caracteriza-se por certo gosto classicizante que, de imediato, é ultrapassado pela irradiação simbólica, pela vivacidade das imagens, por um envolvimento reflexivo ou por uma «inguagem cifrada do obscuro» que há-de representar um aprofundamento do que poderia ser entendido como o próprio mistério da existência humana. Como ensaísta, tem-se dedicado sobretudo ao Renascimento. Possui colaboração sobre poesia, literatura e história, dispersa por publicações científicas, entre as quais se destacam: Annales de la Faculté des Lettres et Sciences Humaines d'Aix, Boletim Internacional de Bibliografia Luso-Brasileira, Bulletin des Études Portugaises e Arquivos do Centro Cultural Português. É também tradutor para português de obras de Albert Camus, François Mauriac, André Maurois, Paul Arrighi, Teilhard de Chardin, Georges Le Gentil, David Garnett, George Stewart, Giovanni Papini, Vasco Pratolini, Elio Vitorini. Traduziu para francês Une Façon de Dire Adieu, de Ruy Belo.