Primeiro foram os dedos
Primeiro foram os dedos
que travaram conhecimento.
Depois os olhos pousaram-me
na mão e levaram-na a percorrer
a curva da cintura. E a sua boca
procurou a minha boca
sem sobressaltos e deixou-a depois
para percorrer o meu corpo.
É assim a descoberta do poeta,
apesar de tudo se passar na sua cabeça,
dando origem a mais um poema.