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Gabriel Andrade
a poesia morreu, espero que entenda
1999-04-21 Irati,PR
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Alguns Poemas
Atemporal
das vezes que ficamos deitados na cama
esperando o sol entrar na janela
dia de domingo preguiçoso
ignorando que daqui a pouco você já vai
arrumando qualquer desculpa
para ficar mais um pouco
das coisas que ficam subentendidas
atemporal, estou escrevendo mais uma
você mal partiu e já estou com saudades
Matador de poetas (anti-crítico)
indo
na contramão
desses
poetas podres
desprezo
todas as palavras
da lingua portuguesa
vão engolir
a seco
goela a baixo
engasgar-se
vomitar no papel
o anti-crítico
matador de poetas
foda-se os clássicos
eles estão mortos
e eu estou com raiva
Eu, lírico.
Meu eu lírico
está apaixonado
Sou apenas
o intermediário
(não sou eu, eu juro)
Dezembro continua sendo o pior dos meses
Das palavras que esqueci
Dos poemas que não escrevi
Dos versos que decorei
Das palavras que desperdicei
Dos anos de que nem sei
Esse ano eu morri
renasci
sumi
sofri
sorri
Dezembro não tem fim
O que será de mim
Marcha fúnebre para um sonho
Já nem sei quantas vezes
Pensei em desistir
Em me perder
Em reencontrar
Em dissolver
Em dissipar
Em desencontrar
Em suma
Um sono
Meu sonho
É selva
Já não me canso de ser péssimo
Sinto que sou o único vil entre mil
todos tem progedido
eu regresso, PROTESTO!
Já não me canso de ser ridículo
Já não me canso de ser infame
Do Leminskaralho
Paulo fazia poesia
Fazia poemas e folia
Fazia poesia
Fazia poemas que inspiraria
Pequeno Paulo fazia poesia
Fez tanta poesia
Que um dia jazia
De tanta poesia
Faltava papel
Fazia tanta poesia
que um dia
escreveu no céu
Escrever
Se virou uma obrigação
Esquece então
Eu somente escrevo
Sinto o que escrevo
Escrevo o que sinto
É simples assim
Como a chuva que cai no chão
As nuvens estão cheias
Então
Só fazem chover
Sem segredo
Assim que deve ser
Desse jeito deve ver
Vomitar
A minha vontade é vomitar essa vontade para fora
Como se em um pequeno ato
Saísse de mim
Todo esse mal-estar sentimental
De fato, um fardo difícil de lidar
16
Olha o de longe parece ser diferente
de perto ainda continua o mesmo
por dentro dessa carcaça
de 206 ossos
e 32 dentes
ainda continua o mesmo
você dirige seu carro
faz sua barba
e continua o mesmo ingênuo
que acredita que as pessoas são boas
que o perdão é uma coisa sagrada
o mesmo menino que quer ser livre pelo mundo
no final do mês ganha seu salário
descontam da aposentadoria
e continua o mesmo
no fundo ainda acha fascinante o comunismo
como da primeira vez que ouviu falar na aula de história
ainda se encanta com a mitologia grega e seus metáforas
que vai casar e ter dois filhos
uma menina e um menino
e vai criar eles livre de todo esse preconceito
você ainda continua o mesmo de quando tinha 16.
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Bons poemas, poeta. Já estive em Irati e faremos um congresso literário aí em novembro
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remendos_
te seguindo no instagram =)
01/dezembro/2020
remendos_
bacana que já tens livro publicado!
01/dezembro/2020
eli_68
Fica firme poeta. Tem gente precisando de você
25/novembro/2020
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