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Poemas
Lua Barreto
1971-05-02 Goiânia
61375
6
11
Alguns Poemas
Sua
Sua.
Sim.
Do jeito que você quiser
Com as condições que você impuser
A qualquer hora
Sua.
Amante, passatempo, distração
A transa de uma noite
Mas sua.
Acaso, acidente, descontrole
Bebedeira, fim-de-noite
Não te quero pra sempre
Bocejo, remela, insônia
Só quero, assim, de repente,
Ser
Sua, sua, sua, sua...
Sem Correntes
Vai, Prometeu
Nada mais te prende aqui
Vai, segue teu caminho
Mas fica sabendo:
Tua dor segue contigo.
Tua ferida continuará aberta
Só não terás mais a desculpa das correntes:
Elas não te prendem mais.
Das correntes te livrastes,
Mas não da dor.
Porque ela é tua e de mais ninguém.
Vai, vive tua vida.
Com a dor, um dia te acostumas.
Mas uma coisa te garanto:
Vais sentir falta das correntes.
Quando não conseguires dar o próximo passo
Vais perguntar: o que me prende?
E nada mais caberá na resposta
Nada te trará a verdade
A não ser
Teu espelho.
12 do 11 de 11
Parece que o mundo acabou mesmo
Ontem
Um fim silencioso
Imperceptível
E o dia de hoje
É de mera
Constatação
Para Onde?
E quando as luzes se apagam
A música cessa
E todos já foram embora?
Quando o nó na garganta se aperta
As pernas perdem as forças
E as lágrimas se tornam inevitáveis?
O que fazer, José?
Você quer um colo
Mas percebe que o tempo de colo já passou
Quer um ombro, um abraço
Mas eles nao estão mais lá
Quer um olhar, uma presença
Mas aí não há ninguém
O que fazer, José, quando todos já se foram?
Como suportar
Suplantar
Encarar?
Como superar?
Como ser o colo que abriga,
A mão que ampara,
O ombro que acolhe?
De que jeito ser viga
Quando não se tem chão?
Seguir, caminhando em nuvens, José?
José, para onde?
Que inferno esse grito
Que inferno esse grito preso na garganta, esse desespero, essa vontade de falar tudo de uma vez. Não encontro mais artifícios pra fazer calar o que cada um dos meus sentidos teima em gritar. Por que, por que tenho que te querer tanto?
Hoje
Ontem eu estava mal
Ontem eu precisava de você
Ontem eu quase implorei por uma palavra sua
Ontem
Hoje, passou.
Hoje não preciso mais
Já sacudi a poeira
Hoje,
O que ficou de ontem são só
Memórias
Podia ter sido a lembrança de um abraço
Uma palavra de consolo
Mas, pena
Foi só o vazio
Uma pontinha de mágoa
E uma imensa solidão.
Lapa, Acordada pra Morrer
O sol nasce, a Lapa morre
Silêncio, gravata, motor
Barulho,horário, trabalhador
E o suor da Lapa escorre
Olha a lapa do Desterro
Vê a Lapa, seus mistérios
Vão da Cinelândia ao Aterro
Da cantada aos impropérios
Teu populacho disforme
Integrado na paisagem,
Tua semelhança e imagem:
O mundo acorda, a Lapa dorme.
Pontal
Ruínas do pontal
De Atafona
Minhas ruínas
Sonhos
Que o mar, sem piedade
Corroi
Desmantela
Açoita
Destroi
E leva
Lembranças
Soterradas
Risadas paredes
janelas tijolos
portões namorados
beijos telhados
E na casa destruída
Um sofá teimoso
Que resiste
A tudo.
Como?
Como dizer o que não pode ser dito?
Como demonstrar o que tem que ser escondido?
Como negar
O que está na cara,
Nos olhos?
Como esconder
O que sai pelas bordas
Transborda
Trespassa?
Como falar
O que não estava escrito
O que é tão avesso
E que não é permitido?
Busca
Tenho procurado um poema que me sirva
Que me descreva
Que me retrate
Mas, nesse momento
Nenhum poema me define
Nenhum é tão vago, tão vazio
Como é meu coração agora
Nenhum tão sozinho
Tão oco de paixão
Nem tão sedento.
Sua
Sua.
Sim.
Do jeito que você quiser
Com as condições que você impuser
A qualquer hora
Sua.
Amante, passatempo, distração
A transa de uma noite
Mas sua.
Acaso, acidente, descontrole
Bebedeira, fim-de-noite
Não te quero pra sempre
Bocejo, remela, insônia
Só quero, assim, de repente,
Ser
Sua, sua, sua, sua...
Sem Correntes
Vai, Prometeu
Nada mais te prende aqui
Vai, segue teu caminho
Mas fica sabendo:
Tua dor segue contigo.
Tua ferida continuará aberta
Só não terás mais a desculpa das correntes:
Elas não te prendem mais.
Das correntes te livrastes,
Mas não da dor.
Porque ela é tua e de mais ninguém.
Vai, vive tua vida.
Com a dor, um dia te acostumas.
Mas uma coisa te garanto:
Vais sentir falta das correntes.
Quando não conseguires dar o próximo passo
Vais perguntar: o que me prende?
E nada mais caberá na resposta
Nada te trará a verdade
A não ser
Teu espelho.
12 do 11 de 11
Parece que o mundo acabou mesmo
Ontem
Um fim silencioso
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E o dia de hoje
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E quando as luzes se apagam
A música cessa
E todos já foram embora?
Quando o nó na garganta se aperta
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Você quer um colo
Mas percebe que o tempo de colo já passou
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Mas eles nao estão mais lá
Quer um olhar, uma presença
Mas aí não há ninguém
O que fazer, José, quando todos já se foram?
Como suportar
Suplantar
Encarar?
Como superar?
Como ser o colo que abriga,
A mão que ampara,
O ombro que acolhe?
De que jeito ser viga
Quando não se tem chão?
Seguir, caminhando em nuvens, José?
José, para onde?
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CORASSIS
Grande poetisa talentosa encontrei!
lindo e interessante o que li
PARABÉNS !
31/julho/2021
joaoeuzebio
DEIXAREI MINHA VISÃO POÉTICA ENTRE TEUS POEMAS BELOS ASSIM COMO UMA ESTRELA A BRILHAR
27/julho/2020
joao_euzebio
LINDO POEMA GOSTO DE TUDO O QUE FAZ UM GRANDE ABRAÇO
15/fevereiro/2019
gay
gay
18/outubro/2017
Creio que os seres humanos - homens ou mulheres - são um pouco atemporais! Boa noite!!!
16/maio/2017
ah tambem moro em goiania!
17/outubro/2015
como sair consigo se o mundo muda e nos mudamos o mundo?
17/outubro/2015
que bom ler teus poemas de novo andei sumido mas voltei com vontade de ver coisas belas por isso estou aqui diante de teus poemas um grande abraço
06/setembro/2014
SHEFE
Lindo!! Parabéns!!
19/outubro/2013
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