São Bernardo do Campo, 12 jul. 2020 às 22hs40.
Poema de: Rerismar Lucena
Na base essencial, do ser que repousa
A utopia do normal do instante;
E que, todo o costume [ir]relevante
Torna-se acerba, e a moral obtusa.
Como domar o futuro Liquefeito
No suster da inflexão da vida:
Revirar árduas feridas? Ou,
Ressignificar normas e preceitos?
Se algo acontece, a partir de fatores
Da realidade positiva, de polos distintos
Na assumida batalha [...] dos instintos,
Nos confins da eclusa de tempos motores.
Ainda que, sofisticado seja a usura
Da esfera social que perdura
A singularidade gravitacional do sujeito.
Sendo que o altruísmo cultural que prospera,
Nada mais é que o desapontar de uma era
Da infalibilidade de tempos imperfeitos.
(Rerismar Lucena, 12 jul. 2020)