SONETO DA BEIRA DO RIO
Sinto a brisa do beiro do rio,
Fecho os olhos em lassidão,
Sinto que tudo sempre esteve por um fio,
E que as coisas nunca permanecem como são...
Heráclito, o obscuro, foi quem primeiro viu,
Que a vida é guerra sem fim e não mansidão,
Que tudo que é bom tem sempre o seu lado vil,
E que a fome é que dá sentido ao pão.
Ouço o épico suicídio das ondas infinitas,
Penso na dívida dos homens com Sisifo,
Sei que é preciso ler todos os poetas,
Sinto que no universo não sou nada além de cisco,
Lembro que é preciso abrir os olhos na hora certa,
Para assim ver a face do fim desde o início...
Kennedy Araújo
Fecho os olhos em lassidão,
Sinto que tudo sempre esteve por um fio,
E que as coisas nunca permanecem como são...
Heráclito, o obscuro, foi quem primeiro viu,
Que a vida é guerra sem fim e não mansidão,
Que tudo que é bom tem sempre o seu lado vil,
E que a fome é que dá sentido ao pão.
Ouço o épico suicídio das ondas infinitas,
Penso na dívida dos homens com Sisifo,
Sei que é preciso ler todos os poetas,
Sinto que no universo não sou nada além de cisco,
Lembro que é preciso abrir os olhos na hora certa,
Para assim ver a face do fim desde o início...
Kennedy Araújo
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