O que faz o sentido ter sentido
Faz sentido não esperar
Que seja apreciada
- Isto é sobre tudo -
Sobretudo quando se fala
De todas as coisas.
Escrevo às letras tortas
Para quê possas ajustar
Ao teu caderno.
Talvez nem haja risco,
Mas é um rabisco sincero,
essencial.
Faz sentido todas as constelações e
Como as luzes de cima
Nos chegam
Mas não faz sentido todas as coisas.
Faz sentido uma lamparina apagar
Por falta do que queimar
Mas não faz sentido todas as escuridões
[De pensamento].
Faz sentido um pássaro voar
Em busca de alimento
Mas não faz sentido
Todas as fomes.
Posso dizer que
Nenhuma delas.
A de palavras, a de curativos
De respirar, comer
Aliviar.
Muito na vida faz sentido
Muito não.
Pouco em mãos pequenas
Muito nunca, não.
Não se divide o particular.
Divide o ruim, o podre, sim
O bom, não.
O que é o bom
Que tenha sentido
Está escondido
Em poucas mãos,
Fica cego
Ou a vida perde
Quem vê.
Faz sentido que quem veja, fale
Mas matar a voz, não.
Enfim, um poema
É uma imensidão.
Um poema escrito a meia noite
é um arremesso
Na escuridão
mais ofuscante de luz.
Que seja apreciada
- Isto é sobre tudo -
Sobretudo quando se fala
De todas as coisas.
Escrevo às letras tortas
Para quê possas ajustar
Ao teu caderno.
Talvez nem haja risco,
Mas é um rabisco sincero,
essencial.
Faz sentido todas as constelações e
Como as luzes de cima
Nos chegam
Mas não faz sentido todas as coisas.
Faz sentido uma lamparina apagar
Por falta do que queimar
Mas não faz sentido todas as escuridões
[De pensamento].
Faz sentido um pássaro voar
Em busca de alimento
Mas não faz sentido
Todas as fomes.
Posso dizer que
Nenhuma delas.
A de palavras, a de curativos
De respirar, comer
Aliviar.
Muito na vida faz sentido
Muito não.
Pouco em mãos pequenas
Muito nunca, não.
Não se divide o particular.
Divide o ruim, o podre, sim
O bom, não.
O que é o bom
Que tenha sentido
Está escondido
Em poucas mãos,
Fica cego
Ou a vida perde
Quem vê.
Faz sentido que quem veja, fale
Mas matar a voz, não.
Enfim, um poema
É uma imensidão.
Um poema escrito a meia noite
é um arremesso
Na escuridão
mais ofuscante de luz.
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